quinta-feira, 20 de junho de 2019

Evolução do Homem

Os dias futuros nos reservam surpresas na área do conhecimento das faculdades humanas, e, acreditamos, estamos apenas iniciando uma era de estudos mais significativos sobre a inteligência, de algum modo já antecipada pela Doutrina Espírita, como consta nesta informação de Léon Denis:

      Pouco a pouco a Alma se eleva e, conforme vai subindo, nela se vai acumulando uma soma crescente de saber e virtude; sente-se mais estreitamente ligada aos seus semelhantes; comunica-se mais intimamente com o seu meio social e planetário. Elevando-se cada vez mais, não tarda a ligar-se por laços pujantes às sociedades do Espaço e depois ao Ser Universal

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Oração de Cipriana

Senhor Jesus,
Permanente inspiração de nossos caminhos,

Abre-nos, por misericórdia,
Como sempre,
As portas excelsas
De tua providência incomensurável...

Doador da Vida,
Acorda-nos a consciência
Para semearmos ressurreição
Nos vales sombrios da morte;

Distribuidor do Sumo Bem,
Ajuda-nos a combater o mal
Com as armas do espírito;

Príncipe da Paz,
Não nos deixes indiferentes
À discórdia
Que vergasta o coração
De nossos companheiros sofredores;

Mestre da Sabedoria
Afugenta para longe de nós
A sensação de cansaço
À frente dos serviços
Que devemos prestar
Aos nossos irmãos ignorantes;

Emissário do Amor Divino,
Não nos concedas paz
Enquanto não vencermos
Os monstros da guerra e do ódio,
Cooperando contigo,
Em tua augusta obra terrestre;

Pastor da Luz Imortal,
Fortalece-nos,
Para que nunca nos intimidemos
Perante as angústias e desesperos das trevas;

Distribuidor da Riqueza Infinita,
Supre-nos as mãos
Com teus recursos ilimitados,
Para que sejamos úteis
A todos os seres do caminho,
Que ainda se sentem minguados
De teus dons imperecíveis;

Embaixador Angélico,
Não nos abandones ao desejo
De repousar indebitamente,
E converte-nos
Em teus servidores humildes,
Onde estivermos;

Mensageiro da Boa Nova,
Não permitas
Que nossos ouvidos adormeçam
Ao coro dos soluços
Dos que clamam por socorro
Nos círculos do sofrimento;

Companheiro da Eternidade,
Abençoa-nos as responsabilidades e deveres;
Não nos relegues à imperfeição
De que ainda somos portadores!
Dá-nos, amado Jesus, o favor de servir-Te
E que o Supremo Senhor do Universo Te glorifique


Para sempre.
Assim seja!...

Fonte: No Mundo Maior

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Tormentos do sexo

“O cativeiro nos tormentos do sexo não é problema que possa ser solucionado por literatos ou médicos a agir no campo exterior: 

é questão da alma, que demanda processo individual de cura, e sobre esta só o espírito resolverá no tribunal da própria consciência. É inegável que todo auxílio externo é valioso e respeitável, mas cumpre-nos reconhecer que os escravos das perturbações do campo sensorial só por si mesmos serão liberados, isto é, pela dilatação do entendimento, pela compreensão dos sofrimentos alheios e das dificuldades próprias, pela aplicação, enfim, do “ama-vos uns aos outros” assim na doutrinação, como no imo da alma, com as melhores energias do cérebro e com os melhores sentimentos do coração.”

No Mundo Maior

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Dialogo de Fidelis a Bento no livro Os Mensageiros

45 - Mente Enferma

Observando e trabalhando sempre, Aniceto considerou:

– Aqui não comparecem apenas os desencarnados enfermos.
Reparem os encarnados, igualmente. Entre o nosso círculo e a assembléia dos irmãos corporificados, a percentagem de trabalha-
dores em relação ao número de doentes e necessitados é quase a mesma.
Designando um cavalheiro aprumado e bem posto, que se mantinha em palestra com o senhor Bentes, doutrinador naquele
grupo, acrescentou:

– Vejam este amigo rodeado de sombra, em conversação com o colaborador de nossa irmã Isabel. Ouçam-lhe a palavra e, de-
pois, ajuízem.
Com efeito, o cavalheiro indicado rodeava-se de pequenas nuvens, mormente ao longo do cérebro. Fixando nele a atenção, eu o ouvia distintamente:

– Há muito – asseverava com ênfase – freqüento as reuniões espiritistas, à procura de alguma coisa que me satisfaça; no entanto e sorriu irônico, ou a minha infelicidade é maior que a dos outros ou estamos diante de mistificação mundial.

Atento à respeitosa atitude do orientador encarnado, prosseguia, orgulhoso:

– Tenho estudado muitíssimo, não me furtando ao crivo da razão rigorosa. Já devorei extensa literatura relativa à sobrevivência humana e, todavia, nunca obtive uma prova. O Espiritismo está cheio de teses sedutoras, mas o terreno se mostra cheio de dúvidas. A obra de Kardec, inegavelmente, representa extraordi-
nária afirmação filosófica; entretanto, encontramos com Richet um acervo de perspectivas novas. A metapsíquica corrigiu muitos vôos da imaginação, trazendo à análise pública observações mais
profundas sobre os desconhecidos poderes do homem. No exame dessas verdades científicas, o mediunismo foi reduzido em suas proporções. Precisamos dum movimento de racionalização, ajus-
tando os fenômenos a critério adequado.

Todavia, meu caro Bentes, vivemos em paisagem de mistificações sutis, distantes das demonstrações exatas.

A essa altura, o interlocutor, muito calmo e seguro na fé, interveio, considerando:

– Concordo, Dr. Fidélis, em que o Espiritismo não deva fugir a toda espécie de considerações sérias; contudo, creio que a doutrina é um conjunto de verdades sublimes, que se dirigem, de preferência, ao coração humano. É impossível auscultar-lhe a grandeza divina com a nossa imperfeita faculdade de observação, ou recolher-lhe as águas puras com o vaso sujo dos nossos raciocínios viciados nos erros de muitos milênios. Ao demais, temos aprendido que a revelação de ordem divina não é trabalho mecânico em leis de menor esforço.

Lembremos que a missão do Evangelho, com o Mestre, foi precedida por um esforço humano de muitos séculos. Antes de morrerem os cristãos nos circos do
martírio, quantos precursores de Jesus foram sacrificados? Primeiramente, devemos construir o receptáculo; em seguida, alcançaremos a bênção. A Bíblia, sagrado livro dos cristãos, é o encontro
da experiência humana, cheia de suor e lágrimas, consubstanciada
no Velho Testamento, com a resposta celestial, sublime e pura, no Evangelho de Nosso Senhor.
O cavalheiro, que respondia pelo nome de Dr. Fidélis, sorria de modo vago, entre a ironia e a vaidade ofendida. Bentes, contu-
do, não perdeu a oportunidade e continuou:
– Se todo serviço sério da existência humana é alguma coisa de sagrado aos nossos olhos, que dizer da expressão divina no trabalho planetário? E considerando a essência do serviço na organização do mundo, que seria de nós se um punhado de espíritos amigos e sábios nos arrebatassem à visão ampla de orbes superiores, impelindo-nos para eles, precipitadamente, tão só pelo fato de nos dispensarem, como indivíduos; uma estima santa?
Estaríamos preparados para a mudança radical? Saberemos o que venha a ser a vida num orbe superior? Teremos trabalhado bastante para entender os divinos desígnios? E a Terra? E as nossas
milenárias dívidas para com o planeta que nos tem suportado as imperfeições? Como residir nos andares mais altos, sem drenar os pântanos que jazem em baixo? Estas considerações tomam-se imprescindíveis no exame de argumentação como a sua, porquanto não poderemos ajuizar, com precisão, as correntes generosas de
um rio caudaloso, observando tão somente as gotas recolhidas no dedal das nossas limitações.

O pesquisador renitente acentuou a expressão irônica do rosto e revidou:

– Você fala como homem de fé, esquecendo que meu esforço se dirige à razão e à ciência. Quero referir-me às ilações inevitá-
veis da consulta livre, às farsas mediúnicas de todos os tempos.
Você está informado de que cientistas inúmeros examinaram as fraudes dos mais célebres aparelhos do mediunismo, na Europa e na América. Ora, que esperar de uma doutrina confiada a mistificadores continentais?

Bentes respondeu, muito sereno e ponderado:

– Está enganado, meu amigo. Estaríamos laborando em erro grave, se colocássemos toda a responsabilidade doutrinária nas
organizações mediúnicas. Os médiuns são simples colaboradores do trabalho de espiritualização. Cada um responderá pelo que fez das possibilidades recebidas, como também nós seremos compelidos a contas necessárias, algum dia. Não poderíamos cometer o absurdo de atribuir a concentração de todas as verdades divinas somente na cabeça de alguns homens, candidatos a novos cultos de adoração. A doutrina, Dr. Fidélis, é uma fonte sublime e pura, inacessível aos pruridos individualistas de qualquer de nós, fonte
na qual cada companheiro deve beber a água da renovação própria. Quanto às fraudes mediúnicas a que se refere, é forçoso reconhecer que a pretensa infalibilidade científica tem procurado
converter os mais nobres colaboradores dos desencarnados em grandes nervosos ou em simples cobaias de laboratório. Os pes-
quisadores, atualmente batizados como metapsiquistas, são estranhos lavradores que enxameiam no campo de serviço sem nada produzirem de fundamentalmente útil. Inclinam-se para a terra, contam os grãos de areia e os vermes invasores, determinam o grau de calor e estudam a longitude, observam as disposições
climáticas e anotam as variações atmosféricas, mas, com grande surpresa para os trabalhadores sinceros, desprezam a semente.

O interlocutor deixou de sorrir e observou:
– Vamos ver, vamos ver... Espero a mensagem dos meus com os sinais iniludíveis da sobrevivência, após a morte...

Aniceto nos tocou de leve, e falou:
– Repararam como este homem traz a mente enfermiça? É um dos curiosos doentes, encarnados. Tem vasta cultura e, todavia, como traz o sentimento envenenado, tudo quanto lhe cai nos
raciocínios participa da geral intoxicação. É pesquisador de superífcie, como ocorre a muita gente. Tudo espera dos outros, examina seu semelhante, mas não ausculta a si mesmo. Quer a realização divina sem o esforço humano; reclama a graça, formulando a exigência; quer o trigo da verdade, sem participar da semeadura;
espera a tranqüilidade pela fé, sem dar-se ao trabalho das obras; estima a ciência, sem consultar a consciência; prefere a facilidade, sem filiar-se à responsabilidade, e, vivendo no torvelinho de
continuadas libações, agarrado aos interesses inferiores e à satisfação dos sentidos físicos, em caráter absoluto, está aguardando mensagens espirituais...

Estávamos admirados, ante as conclusões interessantes do instrutor amigo.

Vicente, que se mantinha sob forte impressão, perguntou:

– Afinal de contas, que deseja este homem?
Aniceto sorriu e respondeu:
– Também ele teria imensas dificuldades para responder. Para nós outros, Vicente, o Dr. Fidélis é um desses enfermos que ainda
não se dispuseram a procurar o alivio, pelo demasiado apego à sensação.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Culto familiar do Evangelho

Toda vez que se ora num lar, prepara-se a
melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui
emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas
claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Idolatria

Fujamos ao condenavel sistema de adoracao reciproca, em que a falsa ternura opera a cegueira do sentimento.

Missionarios da Luz.