domingo, 24 de setembro de 2023

Adversários

 A questão dos adversários é abordada por Allan Kardec em várias oportunidades. Em

“Viagem Espírita em 1862”, ele diz:

“No estado atual das coisas aqui na Terra, qual é o homem que não tem inimigos? Para não tê-

los fora preciso não habitar aqui, pois esta é uma conseqüência da inferioridade relativa de nosso

globo e de sua destinação como mundo de expiação. Bastaria, para não nos enquadrarmos na

situação, praticar o bem? Não! O Cristo aí está para prová-lo. Se, pois, o Cristo, a bondade por

excelência, serviu de alvo a tudo quanto a maldade pôde imaginar, como no espantarmos com o

fato de o mesmo suceder àqueles que valem cem vezes menos?

O homem que pratica o bem — isto dito em tese geral — deve, pois, preparar-se para se ferir

na ingratidão, para ter contra ele aqueles que, não o praticando, são ciumentos da estima concedida

aos que o praticam. Os primeiros, não se sentindo dotados de força para se elevarem, procuram

rebaixar os outros ao seu nível, obstinam-se em anular, pela maledicência ou a calúnia, aqueles

que os ofuscam.”

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