A questão dos adversários é abordada por Allan Kardec em várias oportunidades. Em
“Viagem Espírita em 1862”, ele diz:
“No estado atual das coisas aqui na Terra, qual é o homem que não tem inimigos? Para não tê-
los fora preciso não habitar aqui, pois esta é uma conseqüência da inferioridade relativa de nosso
globo e de sua destinação como mundo de expiação. Bastaria, para não nos enquadrarmos na
situação, praticar o bem? Não! O Cristo aí está para prová-lo. Se, pois, o Cristo, a bondade por
excelência, serviu de alvo a tudo quanto a maldade pôde imaginar, como no espantarmos com o
fato de o mesmo suceder àqueles que valem cem vezes menos?
O homem que pratica o bem — isto dito em tese geral — deve, pois, preparar-se para se ferir
na ingratidão, para ter contra ele aqueles que, não o praticando, são ciumentos da estima concedida
aos que o praticam. Os primeiros, não se sentindo dotados de força para se elevarem, procuram
rebaixar os outros ao seu nível, obstinam-se em anular, pela maledicência ou a calúnia, aqueles
que os ofuscam.”
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